Afinal, quando deixar seu filho sair sozinho? Esse questionamento pode tirar noites de sono de mães e pais mais preocupados. Ao mesmo tempo em que os pequenos (não mais tão pequenos assim) exigem mais liberdade e autonomia — o que é saudável para eles —, os pais não conseguem deixar de lado suas preocupações.
Sim, observar o crescimento dos filhos traz uma sensação agridoce: a maior independência dos adolescentes vem para dar aquele respiro aos pais, depois de longos anos de uma dedicação mais intensa. No entanto, não é fácil aceitar que não podemos mantê-los debaixo das asas para sempre.
Para ajudar a equilibrar essa relação, trouxemos algumas dicas que ajudarão a respeitar esse espaço dos jovens, sem que a segurança deles seja comprometida. Confira!
Respeito à faixa etária
Não existe uma idade certa para dar mais liberdade aos filhos. Mas é de se esperar que, com a chegada da pré-adolescência, essa questão comece a vir à tona nos momentos em família. Portanto, por volta dos 12 aos 14 anos, mais ou menos, você terá que lidar com a dúvida: quando deixar seu filho sair sozinho?
Essa decisão depende muito da maturidade dos filhos, mas, nessa fase, eles precisam de mais autonomia, até mesmo para começar a ter mais responsabilidade. E uma coisa é certa: se os pais se tornam “inimigos” dos filhos, proibindo veemente que eles saiam sozinhos em qualquer situação, o resultado será muita frustração, ansiedade e rebeldia.
Conquista gradual de confiança
O ideal é estabelecer uma parceria, com a conquista gradual de confiança. Por exemplo, cada vez que seu filho sai e volta no horário marcado, ganha mais 30 minutos fora no próximo passeio. Assim, você mostra que respeita a vontade dele por mais autonomia, ao mesmo tempo em que não sai da posição de controle e autoridade.
Controle de locais e horários
No mesmo sentido da dica anterior, faça questão de saber os lugares que seu filho frequenta sozinho. É claro que não dá para ter 100% de segurança — nem mesmo para nós, adultos —, mas limitar esses locais a pontos movimentados e familiares, como shoppings ou clubes, já contribui bastante com a tranquilidade dos pais.
Ainda, estabeleça horários de saída e retorno. Caso haja algum imprevisto, oriente seu filho a ligar avisando. Ah, e o mais importante: mostre que esses controles não existem sem motivo, mas sim por conta da preocupação e do amor que os pais têm pelos filhos.
Conhecimento sobre a vida dos filhos
Outra dica é ficar de olho nos interesses e nas amizades na adolescência. Não é porque ele está crescendo que vocês precisam perder a intimidade de antes. Ao contrário, reforçar a amizade nesse momento é um dos melhores jeitos de conseguir estabelecer essa relação de confiança e de compreensão dos dois lados.
Depois de voltar de uma festa, por exemplo, mostre animação em saber como foi, mas sem “forçar a barra”. O ideal é encontrar o equilíbrio entre o interesse de pais que querem o bem-estar do filho com o respeito à liberdade e, ainda, a manutenção da autoridade.
Diálogo, diálogo e mais diálogo
Por fim, anote aí o ingrediente fundamental para que a conquista de mais independência por parte dos pré-adolescentes seja saudável para eles e para a família como um todo: estabelecer o diálogo! Por exemplo, se deixar seu filho ir para a escola sozinho, faça aquelas clássicas orientações, como não aceitar caronas de estranhos.
Ainda, tenha conversas francas sobre o uso de álcool e drogas, gravidez na adolescência e todos esses assuntos que muitas vezes são vistos como tabu, mas que são necessários para que o pré-adolescente tenha mais segurança. Além disso, é nesse momento que ele vai adquirir aprendizados importantes para toda a vida.
Diante dessa leitura, você viu que a questão vai além de “quando deixar seu filho sair sozinho”. Até porque não existe uma chave mágica que gira aos 14 anos e deixa o pré-adolescente preparado para ter mais liberdade. O principal aqui é: como deixar? E a resposta você já sabe: com muito diálogo, paciência, empatia e confiança.
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