Dramas e situações reais ajudam a contextualizar o ensino de sala de aula. Desta forma, trazer temas relevantes para o ambiente escolar facilita o aprendizado.
Para trabalhar em Gramática as Orações Subordinadas Adjetivas os estudantes do 9º ano produziram cartazes e mensagens de alerta que chamam atenção para um tema bastante importante: Crianças Desaparecidas.
Não há dados exatos sobre o número de desaparecidos no Brasil. Isso acontece porque não existe um cadastro nacional, assim como não há comunicação entre as secretarias de segurança pública de cada estado. E os dados não são padronizados nem atualizados. Desaparecidos e familiares contam apenas com uma lei que prevê que toda delegacia deve registrar a ocorrência e iniciar a busca imediatamente.
Segundo a Revista Superinteressante a última estatística é de 1999, quando o Ministério da Justiça e o Movimento Nacional de Direitos Humanos se juntaram para fazer um levantamento. Nessa época, o número era de 200 mil pessoas desaparecidas por ano. Dessas, 40 mil eram crianças e adolescentes – uma média de 115,9 por dia! Entre os motivos, estão os sequestros, a fuga por causa de crimes cometidos pelas próprias crianças e adolescentes e a falta de acolhimento das famílias.
Os números são alarmantes e apesar de desatualizados, mostram uma realidade de milhares de famílias que buscam por notícias de seus filhos e parentes. Uma agonia que para muitos não teve e não terá solução.
Pensando nisso, a professora Ingrid Cristina de Língua Portuguesa, resolveu trabalhar o tema com as turmas do 9º ano.
“Assistimos ao filme ‘Um Olhar do Paraíso’, que trata do drama de uma família que perde a filha, assassinada por um vizinho. Depois disso, refletimos sobre esta mensagem e fizemos a leitura de textos informativos que tratam do drama das famílias com crianças desaparecidas”, conta a professora.
A partir daí, a proposta de trabalho foi produzir um texto publicitário usando as informações lidas e também o conteúdo de Gramática estudado, a Oração Subordinada Adjetiva.
“Propus que os estudantes escrevessem o texto de acordo com o que aprenderam em sala. Além disso, os deixei livres para usarem a imaginação e recomendei que evitassem imagens da internet. Entretanto, como nem todos tinham talento para o desenho, fui flexível em relação a isso e assim puderam usar a criatividade”, lembra.
Valorizar talentos individuais estimula o estudante e o encoraja a produzir o seu melhor!
Em comemoração ao mês da criança os cartazes foram expostos por todo o colégio.