Em um mundo tão conectado como o de hoje, os pais enfrentam um grande desafio: lidar com a privacidade dos filhos. Interferir em situações da era digital é, em muitos momentos, necessário. Existem muitos perigos que rondam a internet e garantir a segurança dos adolescentes é função dos pais.
Apesar de muitos exporem sua vida na rede social, os filhos se sentem invadidos quando são os pais que interagem com suas publicações ou quando têm um assunto que viram nas publicações dos filhos para tratar. A linha entre cuidado e invasão é muito tênue.
As formas de interação sofreram uma intensa transformação nos últimos anos. Isso afetou os relacionamentos. Entender essa mudança e construir uma relação de confiança é essencial. Por isso, dê autonomia aos seus filhos, sem deixar de cuidar deles. Siga a leitura para entender mais sobre o tema!
Conviva com a mudança de hábitos
Quantas vezes você não contou às crianças da época em que tinha um namoradinho e seu pai se sentava entre o casal no sofá da sala? Ou então que podia brincar apenas em locais que davam para ser vistos da janela da sua casa? Mesmo que não se identifique com essas duas situações, com certeza sentiu falta de privacidade em algum momento da sua adolescência.
Os tempos mudaram. Desde pequenos os jovens de hoje são apresentados às inovações tecnológicas. É cada vez mais comum ainda novinhos, entre dois e quatro anos, eles terem o seu tablet para assistirem à programação infantil do Netflix, por exemplo.
Mas entenda que a tecnologia em si, não é um problema. Depende do uso que se dá a ela. Quando começam a ter a idade para saírem sozinhos, os adolescentes ganham um celular. Uma ligação ou uma troca de mensagens deixam os pais tranquilos e permitem a tão desejada autonomia. Existem aspectos bons e ruins em tudo.
Com seus equipamentos desde cedo, o adolescente cria uma noção maior de individualidade e, geralmente, apresenta resistência quando a mãe pede para ver seu telefone. Muitos criam contas em redes sociais e não adicionam os pais para se assegurarem que terão liberdade virtual. Isso deixa os filhos expostos aos perigos da internet, como o cyberbulling ou assédio de adultos.
Adote soluções antigas e contemporâneas
Estreitar a relação é o primeiro passo para garantir a segurança sem desrespeitar a privacidade dos filhos. Um adolescente que se sente à vontade para tratar sobre qualquer assunto, e que cria um forte vínculo de respeito e confiança com os pais, não pensará duas vezes antes de relatar algo que fuja ao normal.
Explique cuidadosamente quais são suas as preocupações e por que você precisa que, ocasionalmente, ele mostre o celular, por exemplo. Muitos jovens são tímidos e ingênuos e não percebem as más intenções de quem está do outro lado da tela. Além do diálogo, existem algumas ações podem ser praticadas para minimizar esses perigos.
Tenha regras claras. Estabeleça um horário para que o seu filho navegue na internet, ative o controle parental das máquinas para bloquear acesso a sites com conteúdo impróprio e não permita que ele fique trancado horas no quarto com seus aparelhos. Crie também um vínculo virtual. Tenha sua conta em rede social e interaja, sem passar do limite, de forma online com seu filho.
Ele, e também você, precisam entender que a preocupação não é controlar o jovem e sim protegê-lo. Quando seu filho compreender e reconhecer isso, a relutância em mostrar o telefone, ou a qualquer outra intervenção que for necessária, será superada.
Para que isso aconteça, é fundamental essa aproximação com seu filho. Também é importante saber se colocar no lugar dele. Se, ao se pôr no papel de filho, você se sentir desconfortável com alguma ação que está pensando em tomar, procure uma alternativa que tenha o mesmo efeito e não constranja o adolescente.
Respeitar a privacidade dos filhos na era digital não é tarefa fácil. Mas segure a angústia e confie na criação que você dá às crianças. Neste outro artigo do blog, temos mais dicas para lidar com a conectividade e garantir a segurança dos jovens! Vale a leitura!