Quem convive com criança sabe o quão difícil pode ser o “NÃO”, seja porque queremos agradá-los, ou porque não queremos lidar com a situação por falta de tempo ou paciência. Porém, este movimento, embora pareça beneficiar os relacionamentos a curto prazo, porque a criança fica feliz (ou quieta!), essa atitude pode ser prejudicial ao desenvolvimento das habilidades socioemocionais das crianças e adolescentes.
Pensando nisso, no post de hoje vamos falar sobre como dizer “não” é importante para o amadurecimento dos pequenos e até mesmo o fortalecimento das relações.
O “não” pode carregar vários efeitos e ensinamentos, como:
- Lidar com frustrações desde cedo.
- Entender que a negativa é necessária muitas vezes.
- Aprender que nem tudo que queremos, nós temos.
- Conhecer os limites.
Sendo assim, não há motivo para temer a reação da criança ao “não”. Pelo contrário, é até mesmo desejável que ela passe por isso com pessoas próximas, onde esteja segura para assimilar os sentimentos consequentes. Adquirindo inteligência emocional antes de ter de lidar com a resposta negativa em outro contexto.
Dessa forma, além de entender que há limites a serem aceitos, aprende-se também a superar a raiva ou tristeza inicial e se reerguer após a decepção.
Quando o “não” é tratado com naturalidade pelos adultos, eles crescem compreendendo sua necessidade e percebendo que não há nada de errado com esse tipo de resposta e, a partir daí fica muito mais fácil reproduzir o comportamento fora de casa. Ou seja, crianças que escutam o “não” — e sabem, portanto, que essa é uma reação possível e mesmo necessária diante de algumas situações — provavelmente conseguirão reproduzir em situações necessárias ao longo da vida.
Mas, como dizer “não” a eles?
Primeiro é importante que haja autoconfiança por parte do adulto na negativa, tranquilidade para dizer o “não” sem se deixar levar pelas emoções, além de uma abertura ao diálogo que permita questionar e, assim, entender o “não” recebido.
As crianças estão descobrindo o mundo, para isso, perguntam, questionam, investigam. Portanto, cabe aos adultos, explicar os porquês.
Para eles, somente dizer “não”, não é suficiente, é preciso explicar, argumentar o porquê de aquela negativa estar sendo utilizada naquele momento. Dessa forma, além de entender com mais facilidade, a criança aprenderá com isso, como utilizar os “nãos” que serão necessários ao longo da vida.
Ficando mais compreensível para a criança, que há um motivo por trás da atitude, e não uma simples recusa em fazer suas vontades.
Viu como dizer “não” pode contribuir para desenvolver a aprimorar a inteligência emocional e fortalecer a união entre a criança e o adulto.