O mundo hoje está conectado. Com a popularização da internet banda larga e a comercialização de pacotes de dados por preços mais acessíveis, estar online é uma prática cada vez mais permanente e viciante.
Para acompanhar esse boom de interação, diariamente mais aplicativos são criados. Entre os mais procurados estão as redes sociais. Se você tem ou, pelo menos pensou em ter, uma conta no Facebook, no Instagram ou no Twitter, sabe do que estamos falando.
A cada dia surge uma nova plataforma e esse crescimento acelerado e o uso desenfreado dos aplicativos podem ser um perigo. A exposição dos filhos nas redes sociais, quando feita em demasia, provoca uma série de riscos. Neste artigo vamos explicar as principais ameaças e os cuidados que devem ser tomados. Continue a leitura!
Entenda os hábitos contemporâneos
As crianças de hoje nascem e crescem imersas em um mundo digital. Cada vez mais cedo elas estão em contato com a tecnologia. Quantas vezes não vemos bebês de menos de dois anos que já têm seus tablets para assistirem à programação infantil do Netflix? Para eles, a internet sempre será um lugar comum.
Já os pais dessa geração não foram expostos a esse contato prematuro. Muitos estão engatinhando nas comunidades virtuais e, por isso, falta conhecimento sobre os cuidados em relação ao comportamento digital. Essa lacuna pode atrair pessoas mal-intencionadas.
Sem entender a dimensão e o alcance da internet, muitos pais têm o hábito de tornar público cada registro feito da infância dos pequenos. A superexposição das crianças nas redes sociais começa ainda recém-nascidos, com a publicação da primeira foto na maternidade, por exemplo.
Conheça os riscos do mundo virtual
É comum os pais terem orgulho e quererem compartilhar esse sentimento na internet, mas o excesso de fotos e de vídeos colocados na rede pode ser prejudicial. Isso dá informações privativas para que criminosos mapeiem seus hábitos, os seus horários, quem são os seus familiares e as pessoas mais próximas.
Num cenário ainda mais sério, essas imagens podem ser utilizadas indevidamente em casos de pornografia infantil. Além da questão criminal, fotos antigas podem vir a alimentar o cyberbulling e causar constrangimento aos seus filhos quando eles tiverem mais idade.
A criação das crianças também pode ser afetada pela exposição dos filhos nas redes sociais. Se ela crescer sendo o centro das atenções de cada clique e de cada publicação, com certeza terá sua personalidade influenciada.
Tome os cuidados necessários
Isso quer dizer que você deve cancelar suas contas nas redes sociais e abandonar a internet? Não, de forma alguma. Muitas vezes, esse é o único meio de comunicação entre parentes que moram longe e querem acompanhar o crescimento da criança.
Você pode e deve continuar utilizando essas ferramentas, basta ter algumas precauções. Utilizar um filtro de bloqueio na sua conta e permitir que apenas pessoas autorizadas tenham acesso às suas fotos é a primeira delas.
Evite marcar onde a foto foi tirada, ninguém precisa saber os locais que sua família frequenta. Não poste imagens com informações que identifiquem aspectos da sua rotina, como seu filho de uniforme escolar ou que tenha sido tirada na fachada da sua casa. Outra boa pedida é ler o guia de uso seguro da internet, produzido pela Ordem dos Advogados do Brasil e que também traz boas dicas.
Por fim, não faça uma conta individual para o seu filho. Assim que ele souber manejá-la sem sua ajuda, esse perfil se tornará uma via de acesso direto à criança e existem pessoas muito perigosas na internet.
Trazer a público informações em excesso não é saudável. Preocupe-se com curtir as experiências e não com publicá-las. Você pode registrá-las, mas não necessariamente fazer a exposição dos filhos nas redes sociais. Utilize o bom senso e atente-se para as questões que trouxemos neste post.
Quando seus filhos crescerem, as preocupações com as redes sociais vão mudar. Eles estarão conectados e monitorar isso é um desafio para os pais. Uma das maiores brigas é quando os adolescentes se sentem invadidos. Portanto, é preciso respeitar a privacidade dos filhos e entender os limites da interferência paterna para que o cuidado não se transforme em repressão.