Entenda como lidar com a obesidade infantil e por que isso importa

Um bebê gordinho sempre causa suspiros pela fofura e ganha muitos elogios. Mas, em caso de crescimento com contínuo aumento de peso, é preciso ficar atento. A obesidade infantil é um mal que cresce exponencialmente e afeta cada vez mais crianças.

Se o seu filho está com um peso maior do que o recomendado para a idade ou altura que ele tem, ligue o alerta. As preocupações não são estéticas, mas sim de garantir um desenvolvimento saudável para os pequenos.

Um início de vida acima do peso pode acarretar uma série de problemas na adolescência e, até, na vida adulta. Quanto antes você ensinar hábitos saudáveis para o seu filho, menor o risco dele sofrer desse mal. Vamos conhecer mais sobre o assunto? Continue a leitura para saber como lidar com a obesidade infantil da melhor forma!

O que é obesidade infantil?

Cada pessoa tem uma estrutura corporal única, que tende a acumular mais ou menos gordura. Em alguns casos, o sobrepeso tem causas genéticas e não necessariamente está relacionado à má alimentação ou ao risco de doenças. Além disso, as crianças podem apresentar diferentes níveis de gordura corporal ao longo de seu desenvolvimento.

A obesidade é caracterizada por um acúmulo excessivo de gordura que afeta diretamente a saúde, sendo chamada de obesidade infantil quando acomete crianças e adolescentes. Caso seu filho apresente sobrepeso, o ideal é consultar um médico para avaliar os motivos e proceder com um tratamento se necessário.

O Índice de Massa Corpórea (IMC) é uma guia adotado internacionalmente, que indica o peso ideal em relação à altura em cada faixa etária. Esse padrão é utilizado pela Organização Mundial da Saúde (OMS) para identificar índices de obesidade e desnutrição infantil.

O que causa a obesidade?

Os maus hábitos alimentares estão entre as principais causas da obesidade infantil. Numa rotina tão atribulada, é comum apelarmos para fast-foods ou então soluções prontas, que precisam apenas ser aquecidas no micro-ondas. No entanto, existem ainda outros fatores de risco que contribuem para a obesidade infantil.

Alimentação

O consumo frequente de alimentos hipercalóricos pode levar a criança ou adolescente ao ganho de peso. Além de altamente calóricas e gordurosas, essas comidas são compostas por outro grande vilão da saúde: o açúcar. Quando em excesso na dieta, esse componente eleva os níveis de glicose no sangue, resultando em diabetes.

É importante encontrar um tempinho para preparar as refeições. Seu filho precisa consumir alimentos de verdade e de todos os grupos: verduras, legumes, frutas, cereais e fontes de proteína. Convide-o a cozinhar com você para que ele entenda o processo e tome gosto por essa prática.

Genética

Fatores genéticos ou hormonais, somados à ausência de exercícios, também podem levar à obesidade infantil. Se na sua família existem muitas pessoas acima do peso, há uma probabilidade de que seu filho passe pelo mesmo problema.

Alguns genes e mutações genéticas são relacionados à causa comum da obesidade. Indivíduos com esses genes tendem a acumular mais gordura corporal e consumir mais calorias, além de apresentarem menos saciedade ao consumirem alimentos.

No entanto, não é necessário se desesperar caso esse fator esteja presente em sua família. A obesidade é resultado de inúmeros fatores inter-relacionados, ou seja, a criança não está destinada a ser obesa só porque apresenta esses genes.

Sedentarismo

A falta de exercícios físicos é outra causa bastante comum de obesidade. Todas as tarefas executadas pelo nosso corpo consomem calorias em algum nível, logo, crianças e adolescentes que passam mais tempo assistindo à TV, jogando videogame ou afins queimam menos calorias ao longo do dia.

Por isso, além de uma alimentação balanceada, desde cedo é preciso combater o sedentarismo. A tecnologia é uma grande aliada na distração, mas, se substituir totalmente as atividades físicas, pode se tornar um problema.

Crie o hábito de passear com seu filho, leve-o para caminhar em parques, ensine-o a andar de bicicleta, estimule atividades em espaços abertos e, quando ele tiver idade suficiente, incentive a prática de uma atividade esportiva.

Fatores psicológicos

O aspecto psicológico também pode afetar o consumo de alimentos. Crianças e adolescentes que enfrentam situações de estresse, como conflitos em casa, na escola ou mesmo transtornos mentais, podem usar os alimentos como um sistema de recompensa — um mecanismo do cérebro ligado às sensações de prazer e satisfação.

Se perceber que seu filho está com alguma dificuldade ou identificar um comportamento muito introspectivo ou muito agitado, por exemplo, isso pode estar relacionado à ingestão de comida em excesso. Crianças estressadas podem desenvolver compulsão alimentar.

Como tratar o ganho de peso excessivo?

Se, mesmo com todos os cuidados com a alimentação, com o comportamento e com o sedentarismo, o seu filho continua ganhando peso acima do normal e os quilos extras estão preocupando você, é hora de procurar ajuda médica.

O ideal é fazer o primeiro contato com o pediatra do seu filho. Ele pode coletar exames de sangue e verificar se o nível de diabetes, do colesterol, do ácido úrico e de outros indicadores importantes de saúde estão normais, além de sugerir ações a serem incluídas na rotina da criança.

Em um segundo momento, você pode procurar um endocrinologista. Ele investigará se existe algum fator hormonal envolvido e fará exames mais específicos. Consultar uma nutricionista para adequar a dieta do seu filho também é uma boa opção. E, caso seja necessário, comece um acompanhamento psicológico.

Se prepare para responder aos questionamentos dos médicos sobre o dia a dia da criança. Anote os sintomas que ela apresentou, os medicamentos que utiliza, os hábitos alimentares e as perguntas que você quer fazer. Isso fará com que a consulta seja produtiva e auxiliará na busca pelo diagnóstico.

Como o colégio pode ajudar?

O colégio tem um papel muito importante no combate à obesidade, já que crianças passam boa parte do dia nele. No entanto, o apoio familiar é a parte mais decisiva contra o problema, pois os hábitos da criança são diretamente influenciados pelos da família.

Dessa forma, é importante que as iniciativas dos colégios tenham a conscientização como seu principal objetivo. Os educadores podem desenvolver programas a fim de alertar os pais acerca dos perigos da obesidade, bem como orientá-los sobre a melhor forma de cuidarem da saúde de seus filhos.

Os colégios podem contribuir, também, para os hábitos saudáveis de crianças e adolescentes dentro de suas dependências. É preciso oferecer mais opções de lanches saudáveis em seus cardápios e deixar bebedouros acessíveis para estimular o consumo de água. Além disso, é interessante oferecer atividades físicas que agradem aos estudantes.

O sucesso do seu filho em conseguir vencer a obesidade infantil passa diretamente pelo seu comprometimento em fazer as mudanças necessárias para garantir que ele desenvolva hábitos saudáveis ou, se for o caso, siga o tratamento indicado.

Por isso, seja firme! Tenha um diálogo aberto, deixe o prato do seu filho bem colorido e atraente, estabeleça horários fixos para as refeições, não barganhe com comida, exercite-se com ele e dê o exemplo que ele precisa de como lidar com a obesidade.

A alimentação é uma das principais ferramentas contra a obesidade. Pensando nisso, confira agora mesmo estas quatro opções de lanche saudável para o seu filho comer na escola.

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