Criança no celular: entenda quais são os limites

A popularização da internet banda larga criou novos serviços para o mercado de entretenimento. Somada a queda de preço nos planos de internet ao barateamento do custo de aquisição de smartphones e tablets, o crescimento de conteúdo online foi imenso. Essa mudança permitiu às crianças ter um celular com mais facilidade. 

Afinal, os portais de streaming já oferecem perfis voltados para o público infantil com uma extensa programação. Isso refletiu na idade cada vez menor com que as crianças têm contato com aparelhos eletrônicos. Afinal, aqueles 20 minutinhos em que ela assiste ao desenho tranquila é o tempo de fazer a papinha.

Porém, colocar a criança no celular muito cedo e deixá-la exposta por tempo demais às telas é prejudicial. Quer saber como driblar essa superexposição e garantir um acesso seguro e controlado aos seus filhos? Então, siga a leitura!

O tempo e a idade adequados da criança no celular

A Organização Mundial de Saúde, em seu guia com orientações para criança de até cinco anos, preconiza que, antes dos dois anos, não é recomendável o contato com aparelhos eletrônicos. E que, após essa idade, o ideal é de que os pequenos fiquem no máximo uma hora por dia em frente ao televisor ou smartphone.

Essa conta foi feita levando em consideração os efeitos que a exposição em grande escala tem nas crianças menores. Ao passar muito tempo nas telas, a criança tem uma propensão ao sedentarismo e deixa de praticar atividades diversas e brincadeiras. Esse comportamento tem impacto na qualidade do sono, e, consequentemente, no desenvolvimento motor e cognitivo.

Como fazer a criança deixar o celular

Não permitir que a criança desenvolva o hábito de passar horas com o celular é o cenário perfeito. Mas, se o seu filho já está acostumado com as telinhas, seja para assistir desenhos, seja para jogar, faça quanto antes um detox com ele.

Procure montar uma programação bem diversificada de atividades ao longo do dia. Principalmente no período de férias, é comum que o contato com os aparelhos eletrônicos aumente por conta do período livre. Então, dedique um tempo para montar um cronograma bem recheado.

Mostre a ele como eram as brincadeiras da sua infância. Ensine-o desde o pega-pega até o pique-esconde. Adquira um bom jogo de tabuleiro, ou então de peças de montar. Isso permitirá que ele aprenda sobre regras e também exercite a criatividade. Apresente brinquedos como o peão e o bambolê, que são atemporais e garantem uma brincadeira ao ar livre e divertida.

Separe também alguns livros infantis para ler com ele. Comece com gibis e vá aos poucos incluindo obras mais extensas. Essa prática, além de apresentar diferentes mundos ao seu filho, estimulará nele o hábito da leitura e trabalhará o pensamento crítico e reflexivo.

A segurança para crianças no celular

Outro fator importante que deve ser levado em conta é a segurança do seu filho. Não deixe de colocar um controle parental com uma senha bem difícil nos aparelhos que ele utiliza. Esse cuidado garantirá que ele não tenha acesso a conteúdos inapropriados para a idade dele.

Certifique-se também de que os celulares que ele usa não tenham aplicativos de troca de mensagens. Existe muita gente mal-intencionada na internet, e os aplicativos e chats de bate-papo são uma porta para que eles cheguem aos pequenos.

Viu como é possível adequar o uso do celular sem que ele prejudique o desenvolvimento do seu filho? Lógico que vão ter dias nos quais o período que ele passa em frente às telas será maior do que o recomendado. O importante é não tornar isso uma prática diária.

A criança no celular é uma realidade. Esta é uma geração que nasce conectada. Basta saber como utilizar as ferramentas da forma correta. Existem ótimos programas que, além de entreter, estimulam o desenvolvimento dos pequenos. Então, procure o conteúdo certo e deixe que eles aproveitem!

Conforme os filhos crescem, surgem questões contemporâneas pelas quais você não passou na infância. Uma delas é a privacidade na internet, ou a falta dela. Saiba como e quando interferir e também como respeitar o espaço dos adolescentes!

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