Conheça os principais tipos de aprendizagem e suas vantagens

Historicamente, o ensino veio de um modelo industrial. Era necessário que todas as pessoas fizessem tudo igual ao mesmo tempo. A educação tradicional, portanto, posiciona os estudantes na sala de aula fazendo a mesma coisa, ao mesmo tempo, procurando os mesmos resultados. Essa abordagem ignora a individualidade — pensamento contrário ao dos tipos de aprendizagem atuais.

Na educação contemporânea, os colégios incentivam uma real transformação na estrutura educacional tradicional. A geração Z — que nasce em um cenário altamente digital e vem aprendendo muito por meio de vídeos — exige uma ação colaborativa, na qual os estudantes façam parte da ação e sejam menos passivos do que no ensino tradicional.

Por séculos, o professor e a enciclopédia foram considerados como as únicas referências de informação. A tecnologia alterou de vez essa realidade, conectando os estudantes a uma rede de informações em diferentes ferramentas, como o computador e o smartphone. O colégio, portanto, assume um papel formativo no desenvolvimento das competências dos estudantes.

A ideia é pensar na educação de cada estudante como única, afinal, ninguém é igual a ninguém e os modos de aprender são diversos. Para estimulá-lo, existem metodologias e tipos de aprendizagem que podem ser aplicados no cotidiano escolar.

E para entendermos o impacto e os tipos de aprendizagem existentes, precisamos descobrir quais são as competências exigidas para o século XXI e o papel da Base Nacional Comum Curricular (BNCC) nesse contexto. Acompanhe a leitura e veja, detalhadamente, cada questão!

Competências para o século XXI

A modernidade tem exigido capacidades que superam as relacionadas aos conteúdos acadêmicos ou aquelas presentes na rotina das disciplinas escolares. As competências para o século XXI referem-se às habilidades que vão além, preparando o estudante para a vida acadêmica, profissional, pessoal e em comunidade.

Não há uma definição para os elementos que compõem essas competências. Entretanto, uma das abordagens mais aceita é a dos 4Cs (abreviação vinda do inglês):

  • comunicação;
  • colaboração;
  • criatividade;
  • pensamento crítico.

As instituições de ensino, portanto, devem não apenas educar conforme os conteúdos acadêmicos, mas também trabalhar as competências não cognitivas, as habilidades interdisciplinares, transversais ou socioemocionais.

Para conseguir chegar a esse desenvolvimento em plenitude, uma das metodologias de aprendizagem aplicada é a Organização para a Cooperação e Desenvolvimento Econômico (OCDE). Ela adota uma concepção pautada pelas competências socioemocionais, com capacidade de atingir um objetivo, trabalhar em grupo e gerenciar suas emoções.

Aos estudantes, esse desenvolvimento promove uma preparação para o mercado de trabalho atual, que é cada vez mais exigente de pessoas inteligentes emocionalmente e capazes de ser interdisciplinares em suas funções.

O desenvolvimento das capacidades socioemocionais ajuda os estudantes a gerarem uma maior compreensão de mundo. A preservação do meio ambiente e a empatia são valores trabalhados por meio dessa perspectiva, que abre os olhos para a compreensão do outro e do cenário em que vivemos.

Base Nacional Comum Curricular (BNCC)

Para alcançar as competências do século XXI, foi estipulada a Base Nacional Comum CurricularTrata-se de um documento normativo que define os objetivos que devem ser considerados no momento da elaboração do currículo para os ensinos infantil, fundamental e médio. É uma orientação voltada para todas as instituições nacionais, visando manter uma estrutura comum para os estudantes de toda a nação.

Para respeitar a regionalidade, a BNCC não determina 100% do conteúdo que deve ser ensinado. De fato, 40% de todo o cronograma didático que será aplicado em sala de aula deve seguir as particularidades de cada Estado ou região.

No documento, são apontadas as competências — conhecimentos e habilidades mínimas que os estudantes precisam desenvolver durante toda a etapa do conhecimento. A Base foi estipulada e debatida por 116 especialistas e implementada pelo Ministério da Educação (MEC). Ela segue as Diretrizes Curriculares Nacionais da Educação Básica.

Vantagens proporcionadas pela BNCC

A BNCC foi elaborada para ser um norte para os educadores de todo o País. Ela segue princípios sociais, éticos e políticos para a construção de uma sociedade justa, democrática e inclusiva. Por isso, entre as vantagens estão:

  • promover uma educação mais igualitária em todo o território nacional;
  • colocar a demanda educacional brasileira alinhada às competências do século 21;
  • garantir o pleno desenvolvimento da pessoa;
  • orientar as políticas educacionais a serem aplicadas nos colégios.

Essas competências são pautadas nos tipos de aprendizagem atuais, conforme podemos ver especificamente abaixo.

Tipos de aprendizagem

Grande parte dos alunos antigos têm algum tipo de trauma em relação à escola e às matérias tradicionais. Para modificar esse cenário, os tipos de aprendizagem atuais colocam o aluno no centro, incentivando que ele não apenas participe, como seja o protagonista durante todo o processo na busca pelo conhecimento, no trabalho em grupo com os colegas, na autonomia etc.

Essa valorização, por sua vez, é perceptível ao circular pelo colégio. Os familiares poderão ver as produções dos próprios alunos dispostas nos corredores e nas salas de aula. Além disso, há uma verdadeira apreciação do ser humano como indivíduo.

Atualmente, a internet é uma ferramenta essencial para melhorar a aprendizagem. Se, ao visitar um colégio e houver um aviso falando sobre a proibição do uso do celular, os familiares já podem desconfiar. Esse aparelho é um grande aliado nas abordagens modernas por fazer parte da realidade e do cotidiano dos estudantes.

Os tipos de aprendizagem, portanto, utilizam os elementos que fazem parte da rotina dos estudantes para convidá-los a assumirem um papel de protagonismo na construção do conhecimento. A competência digital faz parte desse cenário: ela está sendo exigida e precisa estar englobada no ambiente escolar.

Nesse contexto, há várias maneiras de os colégios definirem a metodologia que será utilizada a partir do planejamento pedagógico. Mesmo escolhidos, esses métodos podem ser alterados e adaptados às necessidades dos estudantes.

Os professores fazem também uma avaliação, que ajuda a pensar na melhor metodologia a ser aplicada. Essa prova tem como um dos objetivos verificar os estilos de aprendizagem de cada um dos estudantes. Existem alguns mais sinestésicos, outros visuais e uma parte se destaca pelo auditivo. O planejamento é realizado e pensando no conteúdo e alterado considerando as habilidades que precisam ser desenvolvidas em cada indivíduo dentro de sala de aula.

Vale ressaltar que a metodologia pode ser alterada ao longo do ano; tudo dependerá da percepção e da sensibilidade dos estudantes. Essa mudança pode acontecer ainda no período letivo, conforme a necessidade encontrada na sala de aula — ou seja, o dinamismo faz parte do novo projeto.

Metodologias ativas

O modelo tradicional de educação coloca o estudante em um papel passivo. Ele não atua na construção do seu conhecimento, mas sim é um receptor dos conteúdos passados pelo professor por meio de aulas expositivas, com aplicação de trabalhos e avaliações. Nesse formato, cabe ao docente o protagonismo na educação.

A proposta proporcionada pelas metodologias ativas é uma inversão dessa organização. A intenção é trazer o estudante para o centro e o protagonismo da educação, por meio de atividades cada vez mais autônomas e participativas.

A metodologia ativa tem ganhado cada vez mais espaço dentro das instituições escolares. Destaca-se a sala de aula invertida, um método que propõe uma nova organização, substituindo as aulas expositivas por conteúdos virtuais.

Os estudantes têm acesso ao conteúdo por meio de plataformas on-line. Ao chegarem à sala de aula, todo esse conhecimento prévio é utilizado e o professor torna-se um mediador, tirando as dúvidas e propondo desafios e problemas que envolvam a turma em uma ação colaborativa e participativa.

As metodologias ativas proporcionam uma série de benefícios para os estudantes e para o colégio. Aos alunos, um aprendizado mais estimulante e motivacional, elevando a autonomia e a confiança. Já para as instituições de ensino, há um aumento na satisfação estudantil, o que valoriza a imagem perante a comunidade. É possível, inclusive, aumentar a captação e a retenção de estudantes.

A aprendizagem baseada em problemas, a aprendizagem baseada em projetos e a aprendizagem colaborativa são exemplos de metodologias ativas aplicadas em sala de aula. Veja, a seguir, como cada uma funciona.

Aprendizagem baseada em problemas

A aprendizagem baseada em problemas se concentra nos conceitos elaborados pelo psicólogo Jerome Seymor Bruner e pelo filósofo John Dewey. O primeiro defendia que a educação deveria surgir por meio da discussão de temas em grupos em busca de uma solução; já o segundo sustentava a ideia de que a educação precisa ser pautada na reconstrução da experiência.

No Brasil, esses conceitos estão presentes desde os Parâmetros Curriculares Nacionais de 1997. Entretanto, a aplicação desse tipo de aprendizagem na prática ainda não é comum. Muitas instituições escolares privilegiam a divisão em disciplinas para dar foco na compreensão de conceitos e procedimentos em detrimento à resolução de problemas.

A proposta pedagógica por trás da aprendizagem baseada em problemas é a de capacitar o estudante apoiando-se em pilares essenciais:

  • organização por temas;
  • interdisciplinaridade;
  • combinação entre o conhecimento teórico e prático;
  • protagonismo estudantil;
  • desenvolvimento cognitivo.

Para conseguir aplicar esse tipo de aprendizagem, a instituição escolar precisa abrir mão da divisão por disciplinas. Em vez disso, os tópicos são organizados por grupos e unidades temáticas, envolvendo as diferentes áreas de conhecimento. Cada grupo é explorado conforme o problema apresentado.

Os professores são responsáveis por elaborar e apresentar os problemas que serão trabalhados dentro de sala de aula — que também fujam da organização tradicional com as carteiras enfileiradas. Para tanto, é necessário levar em consideração os conhecimentos prévios dos estudantes, sejam eles gerados pela experiência de vida ou por uma pesquisa pré-solicitada.

Esses problemas devem dialogar com os grupos temáticos que serão desenvolvidos. Para isso, os estudantes precisam ser estimulados a trabalhar juntos na construção das soluções, desenvolvendo suas capacidades. Os conhecimentos devem ser aplicados de modo simples, objetivo e direito.

No desenvolvimento da solução, os estudantes são estimulados a pesquisar os elementos de várias disciplinas. Dessa forma, é possível aliar o conhecimento teórico com a aplicação em uma situação real.

Vantagens

Esse tipo de aprendizagem promove algumas vantagens para a assimilação do conhecimento e a promoção da individualidade dos estudantes.

  • Protagonismo do estudante: nessa abordagem, não há passividade em relação ao conhecimento. Cabe ao aluno construir as alternativas, assumindo um papel ativo na construção do aprendizado;
  • autonomia: essa metodologia permite liberdade aos estudantes, que desenvolvem sua capacidade de analisar dados e formular conceitos individualmente;
  • responsabilidade para crianças e adolescentes: nesse método, as informações não chegam até os estudantes de forma mastigada, ou seja, eles são responsáveis por procurar o próprio conhecimento;
  • trabalho em equipe: toda a turma é envolvida na construção de uma solução para o problema apresentado pelo professor. Dessa forma, são estimulados o trabalho em grupo e a harmonia nos relacionamentos sociais.

Aprendizagem baseada em projetos

Para conseguir desenvolver as competências para o século 21, a aprendizagem baseada em projetos é pautada pela elaboração de tarefas e desafios que visam ao desenvolvimento de algo como um produto, por exemplo.

A intenção disso é envolver todos os estudantes na elaboração de hipóteses e teorias capazes de resolver o problema. A constatação acontece pela aplicação prática da solução até a elaboração de um produto final.

Assim como na aprendizagem baseada em problemas, nessa metodologia não há disciplinas. O professor não deve expor todo o conteúdo, a fim de estimular que toda a turma realize pesquisas e análises para construir uma solução. Cabe aos estudantes a busca dos conhecimentos necessários para elaborar o projeto, tendo a supervisão do docente.

A aprendizagem baseada em projetos apoia-se nos seguintes pilares:

  • espírito de exploração;
  • originalidade;
  • reflexão;
  • voz ativa do estudante;
  • crítica e revisão;
  • apresentação de um produto.

O projeto é elaborado seguindo um ciclo de atuação, no qual os estudantes são incentivados a elaborar planos de ação em conjunto. Toda a turma é envolvida e desenvolve atividades que permeiam as diferentes áreas do conhecimento.

Para conseguir chegar a um produto coerente, é necessário seguir algumas etapas:

  • planejamento: é necessário definir qual é o problema central a ser solucionado; em seguida, é elaborada uma questão orientadora, a qual servirá para permear todo o trabalho. São planejadas as atividades a serem desenvolvidas a fim de alcançar a resposta;
  • desenvolvimento: toda a turma é envolvida no processo. O professor deve estimular o diálogo constante entre os participantes, a fim de que todos contribuam de alguma forma. Para conseguir os melhores resultados, é preciso motivar que façam pesquisas;
  • monitoramento: todas as etapas do projeto são acompanhadas pelo professor. Ele observa a interação dos participantes e os interesses nas atividades, além de analisar se as etapas estão, de fato, contribuindo para a construção do conhecimento. É preciso apontar também possíveis ajustes para a confecção de um produto final coerente;
  • encerramento: os estudantes são convidados para refletir sobre os aprendizados adquiridos ao longo de todo o processo, analisando se os objetivos foram alcançados.

Vantagens

A aprendizagem baseada em projetos precisa englobar toda a turma e envolver os estudantes em uma atividade que seja coordenada e objetiva. Dessa forma, é possível alcançar alguns benefícios:

  • motiva os estudantes a ir para o colégio;
  • melhora a compreensão e o aprendizado;
  • estimula habilidades utilizadas no cotidiano e no futuro profissional;
  • engloba a realidade vivida pelos estudantes fora da sala de aula, inclusive a tecnologia;
  • torna o ensino mais gratificante e motivador;
  • aumenta a conexão dos estudantes com a comunidade.

Aprendizagem colaborativa

A aprendizagem colaborativa é outra abordagem para quem busca romper com o modelo tradicional e promover mais autonomia e liberdade para os estudantes. Nesse método, o professor não é mais o transmissor, mas sim um facilitador. Cabe a ele proporcionar espaço suficiente para que a turma faça a produção e a construção do conhecimento.

A intenção é que cada estudante tenha autonomia e se torne protagonista em todo o processo de aprendizado. Para isso, ele é estimulado a compartilhar com a turma seus conhecimentos prévios e adquiridos ao longo dos trabalhos e desafios propostos em sala de aula.

É por meio desse debate e interação que a turma constrói colaborativamente um consenso. Para chegar a essa ideia comum, é necessário que os estudantes desenvolvam capacidade argumentativa, a fim de convencer seus colegas de que o raciocínio apontado é coerente e chegará ao objetivo proposto.

O uso da tecnologia é fundamental para a construção desse cooperativismo entre os estudantes. É por meio de ferramentas digitais que são promovidos as interações entre a turma e o professor. Existem diferentes recursos para serem utilizados, tais como:

  • chat: permite que os estudantes e o professor interajam, em tempo real, fora da sala de aula;
  • fórum: é possível armazenar as mensagens, permitindo consulta. Além disso, o espaço suporta o envio de arquivos, fotos e textos;
  • blog colaborativo: todos os progressos podem ser postados e divulgados pelos próprios estudantes. O blog também enriquece o debate ao ampliar a discussão na internet;
  • redes sociais: é possível construir páginas ou comunidades para aproximar da realidade dos estudantes e intensificar o diálogo.

A potência digital e a questão colaborativa são elementos solicitados na Base Nacional Comum Curricular — que abordaremos logo abaixo. Nessa metodologia, o estudante passou a cumprir um papel mais formativo do que informativo.

Vantagens

A aprendizagem colaborativa é capaz de sensibilizar o estudante para o senso de equipe. A troca de ideias é constante, promovendo o desenvolvimento e a capacidade social. Além de:

  • promover o respeito entre os estudantes;
  • aumentar a capacidade de assimilar o conteúdo;
  • promover a inovação;
  • propor o protagonismo do estudante.

Educação integral

A educação integral é um tipo de aprendizagem que visa garantir o desenvolvimento de uma pessoa em todas as suas dimensões: intelectual, física, emocional, social e cultural. É uma proposta contemporânea, alinhada às exigências da realidade moderna, e propõe a formação de um sujeito crítico e autônomo.

Nesse método pedagógico, o professor assume um papel de articular as diferentes experiências educacionais dos estudantes, tanto dentro quanto fora da sala de aula. Cabe, aqui, garantir que todas as atividades sejam direcionadas pelo objetivo central de desenvolver integralmente cada pessoa.

O estudante é a centralidade, ou seja, todo o projeto pedagógico precisa estar alinhado ao contexto, interesses, necessidades e desenvolvimentos dos estudantes. A singularidade de cada sujeito deve estar presente na construção de todo o processo educacional, cabendo ao professor utilizar múltiplas formas para contemplar a especificidade de cada um.

Essa personalização é fundamental para que haja o desenvolvimento integral de cada estudante. Para isso, deve-se garantir a autonomia, pois assim poderão ser enxergadas as oportunidades e as demandas de cada acadêmico. Dessa forma, será possível construir estratégias personalizadas.

A educação integral acontece a partir de quatro dimensões:

  • contexto: expressa a cultura, a história das pessoas envolvidas, as identidades e as condições de vida;
  • participação: a parceria entre a escola e a família é fundamental para o desenvolvimento dos estudantes. Por isso, a instituição de ensino precisa garantir um espaço aberto e convidativo para a comunidade;
  • conhecimento: a troca estabelecida entre as pessoas envolvidas é rica de novos conhecimentos, por isso, é fundamental incentivar a conexão entre professores, estudantes e comunidade;
  • intersetorialidade: a educação acontece em um ambiente que dispõe de condições básicas em termos de segurança, saúde, lazer, cultura e esporte. É importante ter equipamentos e ferramentas que permitam o desenvolvimento dos estudantes.

Vantagens

Ao propor um tipo de aprendizagem que capacita integralmente o sujeito, essa metodologia proporciona benefícios para o desenvolvimento de capacidades individuais, respeitando a subjetividade de cada estudante. Ela:

  • promove a autonomia dos estudantes e a compreensão da sua individualidade;
  • incentiva a compreensão de si e do coletivo;
  • proporciona uma gestão democrática;
  • apoia-se em uma perspectiva inclusiva, celebrando a diferença para a riqueza do conhecimento humano.

Aprendizagem significativa

David Ausubel, psicólogo norte-americano, desenvolveu a teoria de que a aprendizagem precisa significar algo para quem aprende. Isso quer dizer que, para que uma informação seja assimilada, ela precisa estar ancorada em algum outro ponto de conhecimento prévio do estudante para que ele possa interligar os dois pontos e acrescentar conteúdo a seu repertório.

Na prática da sala de aula, a aprendizagem significativa apresenta as noções gerais de um conteúdo aos estudantes e, só então, passa a detalhar as informações, para que sejam ancoradas no dado geral que o estudante recebeu primeiro. A partir daí, são estabelecidas relações, comparações e distinções a fim de facilitar o entendimento do conteúdo mais complexo.

Vantagens

Imagine o formato de uma pirâmide. É mais fácil vê-la da ponta até a base: a ponta seria o início do entendimento e a base corresponde ao aspecto mais complexo do assunto. Assim, o estudante vai, pouco a pouco, dominando o conteúdo.

Outra vantagem derivada desse processo, muito utilizada atualmente, são os mapas mentais. Por eles, o estudante faz interligações entre os conteúdos e consegue assimilar o que há de similar e divergente entre as partes.

Aprendizagem afetiva

O educador Henri Wallon, nascido na França, se empenhou em valorizar a afetividade tanto quanto a cognição no aprendizado das crianças. Para ele, aliás, o aprendizado incluía a questão motora. Esses três pilares são interligados e, mesmo que o estudante não tenha consciência, um exerce influencia sobre o outro.

Dessa maneira, a inteligência é alimentada pelas conquistas socioemocionais e motoras aferidas pelo estímulo afetivo. Em outras palavras, é preciso sentir prazer ao aprender! Henri divide em 5 estágios o desenvolvimento da criança:

  • impulsivo-emocional: prevalece no primeiro ano de vida, quando os estímulos são, sobretudos, advindos da afetividade materna;
  • sensório-motor e projetivo: a criança aprende a andar e a falar, por isso, a inteligência está bastante estimulada, assim como o motor;
  • personalismo: estágio dos 3 aos 6 anos, marcado por 3 fases: oposição, sedução e imitação. A criança vive momentos de mais socialização, buscando encantar o outro para garantir aprovação no meio (familiar ou na escola);
  • categorial: surge a capacidade de abstração e o aspecto cognitivo se desenvolve ainda mais;
  • puberdade e adolescência: nessa fase, o indivíduo consegue monitorar suas emoções a partir de mudanças corporais substanciais.

É importante levar em consideração os aspectos afetivos na construção do conhecimento, para que haja um amadurecimento por completo do sujeito.

Aprendizagem vicariante

Esse tipo de aprendizagem pode complementar outras metodologias. Segundo ele, o aprendizado se dá por observação e imitação. Assim, se uma criança observa um colega ter uma determinada atitude e, depois, uma resposta a esse estímulo, ela saberá se deve ou não agir da mesma forma para atingir (ou não) o mesmo objetivo.

Por exemplo, ao ver um colega responder a uma questão feita pelo professor e ser parabenizado, a criança poderá imitar esse estímulo positivo. Por outro lado, ao perceber que o professor ou os colegas tiveram reações negativas, ela ficará inibida a participar, temendo ter o mesmo resultado.

Tipos de aprendizagem no Colégio Certus

Colégio Certus realizou uma pesquisa com os estudantes para saber como eles enxergavam o colégio. Não há ninguém melhor do que o próprio estudante para dizer quem é a escola e, integrando o que foi mencionado com o trabalho dos professores, a primeira coisa que surge são as metodologias ativas.

O colégio trabalha o tempo todo com esses métodos, trazendo a participação de cada estudante como protagonista e valorizando a produção. O Colégio Certus está em um verdadeiro movimento.

Os ensaios e a produção de trabalhos são uma forma de valorizar os estudantes e dizer que acontecem coisas além da sala de aula. Há outros projetos que fogem das paredes do colégio, como:

  • o trabalho com a tecnologia;
  • a lógica de programação em projetos;
  • a questão da sala maker para trabalhar a aprendizagem com a mão na massa.

Como pudemos ver, os tipos de aprendizagem são variados e conseguem se adequar à realidade dos estudantes. É preciso, porém, que os educadores acompanhem e monitorem o desenvolvimento de cada um dos alunos a fim de garantir que a abordagem esteja gerando resultados positivos e sejam compatíveis às necessidades.

Se você ficou interessado em conhecer um pouco mais do trabalho desenvolvido pelo Colégio Certus, assine nossa newsletter e receba os conteúdos em primeira mão!

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