Mudanças de comportamento em crianças e adolescentes são normais. Por isso, nem sempre devem ser motivo de preocupação. No entanto, os pais precisam ficar atentos quando essas mudanças envolvem atitudes negativas desses jovens em relação a si mesmos.
A automutilação infantil e na adolescência é uma questão ainda pouco discutida e difícil de diagnosticar. Devido a isso, é importante que os pais leiam sobre o assunto e sejam capazes de perceber os sinais de alerta. Com este artigo, você vai entender melhor do que se trata a automutilação e saber o que fazer para proteger a criança ou adolescente. Confira abaixo!
O que é automutilação?
A automutilação é o ato de provocar dor em si mesmo, de maneira intencional, por meio de ferimentos físicos. Geralmente, a pessoa que se automutila não está tentando cometer suicídio — o que não torna a prática menos preocupante. As formas mais comuns de automutilação incluem cortes na pele, queimaduras, arranhões e espancar a si mesmo. Contudo, isso varia em cada pessoa.
Quais são suas principais causas?
São vários os motivos que levam uma criança ou adolescente a se automutilar. Pode ser uma forma de se sentir no controle de suas emoções, de brincar com comportamentos de risco ou de proporcionar alívio para um sofrimento mental. Em alguns casos, esse ato ainda está relacionado a distúrbios neurológicos ou metabólicos, como síndrome de Tourette e autismo.
Quando falamos de automutilação na adolescência, temos que levar em conta ainda os fatores típicos da idade, os quais tornam esse grupo mais vulnerável a instabilidades emocionais. Nesse sentido, podemos citar as mudanças hormonais e no corpo, conflitos familiares, dificuldades na escola e até mesmo bullying.
Quais os principais sintomas?
O principal sintoma da automutilação são as marcas físicas deixadas por ela. Porém, as pessoas que a praticam fazem de tudo para esconder os ferimentos, o que torna difícil para os pais perceberem o problema.
Algumas coisas que podem ser observadas são as roupas das crianças e adolescentes e os objetos em seus quartos. Mesmo em dias quentes, pessoas que se automutilam frequentemente usam blusas de mangas longas e calças compridas para esconderem as marcas e guardam pedaços de vidro, lâminas e afins em algum esconderijo. Também é comum que elas frequentem sites na internet que fazem apologia à prática, sendo importante também verificar suas atividades on-line.
Como a automutilação pode estar relacionada a algum outro transtorno psiquiátrico, como depressão, transtorno de personalidade borderline e distúrbios alimentares, é importante também observar comportamentos típicos desses transtornos.
Qual a importância de estar atento a isso?
Quanto mais cedo a automutilação for descoberta, maiores serão as chances de os tratamentos terem resultados satisfatórios, permitindo que a criança ou o adolescente levem uma vida saudável. Caso não seja devidamente tratada, a automutilação pode se arrastar até a vida adulta, quando a intervenção já será mais complicada.
Vigiar as atitudes do seu filho também é uma forma de mostrar seu afeto por ele. Crianças e adolescentes que crescem com o apoio dos pais têm menos chances de desenvolver comportamentos autodestrutivos.
Ao descobrir que seu filho está se agredindo, é essencial procurar ajuda de um profissional especializado. Existem vários recursos que podem ser usados no tratamento da automutilação, como terapias comportamentais, terapias em grupo e até o auxílio de medicamentos, caso necessário. A ajuda também precisa vir de casa: os pais devem fazer com que a criança e o adolescente construam uma imagem positiva de si mesmos, trabalhando para fortalecer sua autoestima e autoconfiança.
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