Para Escrever Uma Crônica – Gêneros Textuais

Ensinar como escrever uma crônica é um trabalho gratificante para o docente de língua portuguesa. Esse gênero textual consegue unir o potencial literário de uma forma que dialogue com todas as pessoas com originalidade.

Por isso, no Certus Colégio, a professora de português usou temas polêmicos, que fazem parte do cotidiano, como recurso para ensinar sobre crônicas a estudantes do 6º ano do Ensino Fundamental II.

Para trabalhar esse gênero textual com as turmas do 6º ano, a educadora Juliana Celestino trouxe alguns conteúdos que proporcionam a reflexão sobre o preconceito. A partir daí, a professora promoveu um debate que visava responder à pergunta: “O brasileiro é tolerante às diferenças?”. Saiba mais abaixo!

O que é uma crônica?

A crônica é um texto rápido que narra um ponto do tempo, seguindo uma sequência cronológica de forma incomum. Apesar de ser uma história breve, o que se destaca nesse gênero é a sacada final, que trata de um tema forte, levando o leitor à reflexão sobre a realidade.

Entre as principais características da crônica, podemos destacar a linguagem simples e objetiva e o texto curto. Além disso, é uma abordagem que geralmente retrata temas reais, contemporâneos e do cotidiano por meio de uma locução que é, muitas vezes, trabalhada de forma subjetiva e até mesmo acompanhada de um tom irônico e humorístico, prendendo a atenção do leitor.

Por outro lado, a produção de uma boa crônica depende de se expor bem a lógica de ideias, da coerência de raciocínio e do entendimento do tema sobre o qual se pretende escrever.

Desse modo, realizar a leitura de livros e artigos, pesquisas, entrevistas e discussões de troca é extremamente importante antes de se começar a produção desse tipo de texto. Assim, durante o estudo do gênero textual, é necessário que o estudante seja motivado a expor e ouvir ideias, além de questioná-las.

Como escrever uma crônica?

Uma boa crônica pode ser escrita com um roteiro de base que mostra: introdução breve, uma descrição de fatos do cotidiano que parecem comuns e conclusão com uma sacada interessante sobre o assunto. Nisso, é fundamental que o aluno siga estes passos: expresse a opinião; pense na estrutura; escolha o gênero e linguagem; defina o tema e faça o texto em um tamanho adequado.

O importante é compor uma redação leve, mas que consiga trazer uma crítica profunda sobre a sociedade. Por isso, é comum fazer um texto curto e que trate de temas do dia a dia, o que faz com que o leitor conecte-se à história, mas, para sair do senso geral, o autor aplica uma visão completamente pessoal sobre a temática.

Uma crônica pode ser narrativa, argumentativa, literária ou humorística. Todos os tipos trabalham com material contemporâneo, falando da atualidade, mas de uma forma inovadora e que instigue o leitor.

Por isso, é preciso expor de forma clara o evento, conduzindo para o grande final, que traz uma revelação inesperada. Essa técnica ajuda a estimular a imaginação do escritor e a observar temas corriqueiros sem cair no próprio olhar comum. Por fim, também é importante revisar e saber como finalizar a crônica da melhor forma.

Por que tratar de um assunto polêmico?

Um dos direcionamentos para o trabalho com gêneros textuais é que o aluno seja sempre levado ao pensamento crítico. Apesar de a crônica poder falar sobre qualquer assunto, a temática polêmica é relevante para o ensino de Gêneros Textuais, porque faz os estudantes pensarem.

Assim, ao compor uma narrativa em outro ponto de vista, o estudante consegue sair do seu lugar de conforto e, de fato, aplicar a análise crítica. Esses problemas sociais podem passar despercebidos em um cotidiano mais tranquilo, porém é fundamental levá-los para sala de aula.

Além da função social de conscientização sobre a realidade, tratar temas polêmicos também é fundamental para o progresso do aluno nas provas de pré-vestibular. Por isso, ele já está sendo preparado para esse momento.

As instituições de ensino superior exigem cada vez mais um aluno com pensamento analítico. Ou seja, não basta decorar a matéria e reproduzir o que foi explicado em sala. O estudante precisa mostrar que consegue refletir e elaborar opiniões concretas sobre o tema debatido, como ocorre na redação do ENEM.

Qual método a professora aplicou em aula?

A fim de se prepararem para o debate, os estudantes fizeram uma pesquisa prévia, buscaram opiniões de especialistas e discutiram em grupo. Ter um tempo para pesquisar é essencial para avaliar diversas fontes e criar uma visão própria sobre o tema.

Foi por meio dessas pesquisas e durante o debate que a turma descobriu que, para falar sobre preconceito e tolerância, podemos abordar várias vertentes, como: religião, racismo, bullying, política, ideologia de gênero e machismo, entre outros temas tão polêmicos quanto estes.

O objetivo de falar sobre esses assuntos não é criar atritos. Pelo contrário. Quanto mais os assuntos polêmicos forem debatidos, mais fácil será ensinar o respeito ao próximo para alunos, mesmo que eles sejam jovens.

Com metodologia de ensino e técnicas de mediação de debate, a professora consegue levar uma aula com temas delicados sem ofender nenhuma crença. Além disso, também estimula a produção de ideias e textos originais.

Qual foi a conclusão da atividade?

Após o debate, concluiu-se que não respeitar as diferenças e não aceitar o outro como um ser singular é o maior motivo pelo qual ainda ouvimos tantos casos de intolerância e preconceito em nosso país.

É preciso que o colégio se coloque na posição de mediador entre as distinções de cada pessoa. Assim, com a criação de textos reflexivos, o aluno consegue fortalecer sua capacidade de argumentação e a visão singular sobre sua realidade.

Além da função de conscientização, as crônicas também trabalham o jogo de ideias, a imaginação e o poder de compor uma redação única e que seja, de fato, impactante para cada leitor. Por isso, escrever uma crônica sobre tolerância e preconceito foi fácil depois de ter se percorrido todo esse caminho. 

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